Rio Xingu. Foto de Pedro Martinelli/ISA
No último dia 15 de setembro, em Belém (PA), uma coalizão de organizações sociais e ONGs nacionais e internacionais, denominada “Movimento Xingu Vivo para Sempre” (MXVS), lançou um vídeo que apresenta os impactos sociais, ambientais e econômicos da hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu. O vídeo faz parte do projeto “Defendendo os Rios da Amazônia”, uma campanha mundial coordenada pelo MXVS em defesa desse rio e contra a construção da hidrelétrica.
Segundo os coordenadores do movimento, o vídeo “alerta a sociedade brasileira para o processo atropelado, leviano, desrespeitoso e ilegal de planejamento e licenciamento do empreendimento pelo governo federal.” Também informam que “se construída, Belo Monte será a terceira maior hidrelétrica do mundo. A barragem, que vai desviar a vazão do rio Xingu — um dos afluentes mais importantes do Amazonas — alagará uma área de 668 quilômetros quadrados, promoverá um enorme desmatamento na região (ainda não dimensionado) e o ressecamento do rio Xingu num trecho de cerca de 100 km conhecido como Volta Grande”. O movimento também ressalta que “o apodrecimento de matéria orgânica no leito da barragem também deve gerar a emissão de metano, um gás 25 vezes mais agressivo do que o dióxido de carbono no processo de aquecimento global”.
Um dos aspectos mais preocupantes do processo de criação dessa hidrelétrica fica evidente na seguinte informação dos coordenadores do movimento: “No dia 26 de agosto, o presidente Lula assinou a concessão da usina e consequentemente ignorou comprovados riscos financeiros e socioambientais, bem como apelos nacionais e internacionais para que repensasse o projeto e considerasse opções limpas de geração de energia”.
Acesse o site do movimento — http://www.xinguvivo.org.br/ —, assista o vídeo, informe-se e tire suas próprias conclusões.