Ontem mesmo eu estava conversando com uns amigos e,
ao acaso, o assunto foi parar em beijo na boca. Uauuu! Unanimidade: beijar é
muito bom! E tenho várias histórias de beijos, dos inesquecíveis e dissimulados
aos roubados. A primeira delas é (obviamente) a de meu primeiro beijo. A última
foi em uma festa repleta de
adolescentes com mais (bem mais) de 50 anos que se abraçavam sem parar, bebendo
cuba-libre. Alguns bebiam escondido, ludibriando
a pressão alta e a diabetes, rememorando pileques homéricos, em uma catarse em
que se mesclavam imagens: adolescência e atualidade. Mas isso já é outra história... Vamos ao que interessa.
Existem
poucas coisas tão boas na vida quanto beijo na boca. Apesar de já haver beijado
o suficiente para falar de boca cheia sobre o assunto, decidi, somente para
conferir teoria e prática, ciência e cotidiano, compartilhar trechos do artigo
“A ciência do beijo”, que a Hypescience publicou recentemente. A questão é boca com boca!
“Os
lábios são a zona erógena do corpo mais exposta, cheia de terminações nervosas.
Um simples toque pode enviar uma cascata de informações para o cérebro,
ajudando-nos a decidir se queremos continuar com um beijo (e relacionamento) ou
não. O contato entre lábios envolve cinco de nossos doze nervos craniais.
Impulsos elétricos passam pelo cérebro, lábios, língua e pele.” (E é muito,
muito agradável. Não por acaso, sempre fui chegada a beijos. Se existisse a
expressão, eu me intitularia, modéstia às favas, uma “gourmet de beijos”.)
“Um
beijo gostoso age como uma droga, fazendo com que a outra pessoa agradeça pela
dopamina liberada. Essa é a mesma substância envolvida em drogas como a
cocaína, e por isso um romance pode ser tão viciante. A dopamina está envolvida
na sensação de recompensa, podendo levar a estados de euforia, insônia e perda
de apetite.” (E não há dieta melhor. Perde-se peso com prazer.)
“E
também há as mudanças físicas. Um beijo pode fazer com que nossos vasos
sanguíneos dilatem, o pulso aumente e as bochechas fiquem ruborizadas. As
pupilas ficam maiores; por isso muitos têm vontade de fechar os olhos. Em
outras palavras, o corpo é um espelho das reações que chamamos de ‘amar’.” (Se
bem que, cá entre nós, “amar” é mais, muito mais do que reações físicas e
fisiológicas do ato de beijar. Mas vamos lá... Afinal, o corpo “fala” o tempo
todo, somos exatamente aquilo que sentimos! E o beijo provoca um diálogo
corporal riquíssimo.)
“Mas
sejamos honestos: nem todo beijo nos deixa com vontade de ter mais. Psicólogos
da Universidade Estadual de Nova York recentemente divulgaram que 59% dos
homens e 66% das mulheres terminaram um relacionamento devido ao beijo.” (Serão
as mulheres mais qualitativas no beijar?)
“Claro,
muitas pessoas se preocupam que um beijo pode nos colocar muito próximos dos
germes de alguém. Mas na realidade, temos mais chance de ficar doentes dando
apertos de mãos durante o dia do que beijando.” (Informação muito educativa!)
“Nós
até podemos não estar totalmente conscientes das formas como nosso corpo
responde a um beijo, mas uma coisa é certa: os beijos dão boas pistas para
decidir o futuro de um relacionamento.” (Um aviso providencial aos
principiantes – e aos continuantes também.)
(Já
beijou hoje?)
[FONTE DA IMAGEM: Free Images Archive]