Há alguns anos um documentário, amplamente
divulgado pela mídia, mostrou a quantidade monstruosa de plásticos que, do
lixo, foram parar nos rios e, deles, nos oceanos. Fiquei com aquelas imagens na
cabeça: ilhas e ilhas flutuantes, de dimensões continentais. Plásticos de todos
os tipos, formas e tamanhos flutuando ao sabor das marés e correntes oceânicas.
E o documentário parecia indicar que o problema estava um pouco distante,
sensibilizando quem tinha pena das aves marinhas e tartarugas. Ledo engano.
Aquele grande transtorno vem se revelando uma questão muito, muito mais séria.
Estudiosos de dezenas de universidades e institutos
de pesquisa, mundo afora, têm encontrado plástico nos corpos dos mais
diferentes organismos marinhos: peixes, camarões, moluscos, golfinhos,
baleias... E não é aquele plástico visível, preso a uma nadadeira ou guelra.
São resíduos de plástico microscópicos e altamente tóxicos.
Com uma vida média de 400 anos, todo o plástico
produzido no planeta continua... no planeta! Em diferentes fases de degradação,
toneladas e mais toneladas já se romperam, foram trituradas, e hoje estão
transformadas em partículas minúsculas que podem ser ingeridas, assim como um
comprimido que você dissolveu em água. Só que essas partículas não são um
remédio. São altamente tóxicas e estão formando uma imensa “sopa marinha”.
E você? Vai continuar sem fazer nada? A sopa de
plástico, com certeza, já chegou ao seu organismo e ao meu. Pense nisso quando
for usar mais um saquinho plástico!
FONTE
DA IMAGEM: http://www.surfrider.org/programs/entry/rise-above-plastics