segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Chico Buarque, Thaís Gulin e... eu!


Mundo, mundo, pequeno mundo…

Chico Buarque encantou boa parte de minha vida. Agora não tanto. Não mais com a intensidade que um dia já teve, quando eu cantava suas músicas com uma compulsão diuturna. Mas suas marcas persistem, melodiosas, com letras impecáveis de “O meu amor”, “Retrato em branco e preto”, “Roda viva”, “Valsinha” e outras, muitas, mais. E aí, de repente, descubro que em seu último CD ele canta uma música com Thaís Gulin.

Quem é Thaís Gulin? Ora, quem diria? Ela é a filha da Sandrinha: minha amiga de infância, Sandra Lourenço, que brincou comigo dentro d’água de corguinho, correu no pasto atrás de bezerro e se lambuzou chupando manga no pé. Sandrinha era uma “carioca da gema” que veio para Dourados, MS, ainda menininha com seus pais, Dr. Lourenço e Dona Odaléa, e seus irmãos mais velhos, Lourencinho e Solange. E minha infância caipira foi inundada com a modernidade das cariocas e aquelas palavras cheias de “érresh” e “éssesh”.

Thaís, que lembra muito a doçura de Sandrinha e tem exatamente metade de minha idade, é hoje a amada de meu ídolo juvenil. O homem que me fez sonhar na adolescência troca beijos e juras com a filha de minha amiga. Uma história que trouxe alinhavos de minha infância, com laços e afetos de minha adolescência, transforma-se hoje em um amor que canta “larari, larará, larari”... Que resultado mais imprevisível. Casualidade? Destino? Sei lá! Pouco importa rotular, dar nomes. O delicioso é a sensação de fazer parte de uma mesma trama, assim mesmo: pegando carona, nem que seja como voyeur do prazer alheio que, de tão distante e tão próximo, até parece que um dia foi meu.

Ah! Se eu soubesse... (E se você não sabe, esse é o nome da música que Chico Buarque compôs para Thaís Gulin e canta com ela.)



 

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