Dores, pesares. Como é irremediavelmente
triste perder um filho em
gestação... Seis meses de vida pulsando e, de um momento para
outro, a luz definha e o coração é duramente golpeado.
Não há justificativa médica que
console. Ao contrário, surgem novas dores, mais profundas. “A culpa é minha?”. Mas
existem culpados nessa perda? Como saber as razões e os tantos porquês? “Por
que agora? Por que comigo?” E a vida perde sentido, dilacerada.
A essa família querida só posso
dedicar meu pesar e meu pranto solidário. Ofereço também minha dor, em ínfima
dose perante a sua. Quem sabe nossas dores tenham poderes cicatrizantes, lentos
mas eficazes, como aqueles que a flor usa para conseguir virar semente.