Amigo
é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito...
Como
um presente intocado, chaveado em relicário perfeito.
Mas meus
amigos não quero somente “guardar”.
Quero
encontrá-los sempre, com uma alegria de contagiar.
Quero
visitá-los mais, sem o constrangimento da primeira vez,
sem
rapapés, afetações e tampouco um abraço cortês.
Com
a liberdade de velhos amigos, daqueles de muito tempo...
Que ao
correrem pro abraço sentem o prazer infantil de uma lufada de vento.
Quero
beijá-los mais, como as crianças se beijam.
Fotografá-los,
muito, para que todos os vejam.
Brindá-los,
comemorando a vida... cotidianamente.
Tocá-los
mais, como uma garoa, mansamente.
Ouvi-los,
mais e mais, até aprender a doçura de calar e escutar.
Festejá-los,
sempre, como um moleque feliz que aplaude a gargalhar.
Olhá-los,
aos poucos, profundamente, com os olhos da alma.
Deixá-los
gritarem mais, com toda calma.
Conversar
muito... bobagens, verdades, mentiras, até perder a hora.
Confortá-los
sempre, segurando o choro pra tristeza ir embora.
Encontrá-los
várias vezes, após um dia, uma semana ou mês.
E
entendê-los mais, em grupo ou a sós, um de cada vez.
Enfim,
vivenciá-los sempre, com a mente e o coração...
...mesmo
que o tempo e a distância digam não!
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Foto
clipada da página do Facebook da “Escola Jatobá” – Barão Geraldo – Campinas,
SP.