FULECO,
mascote da Copa, foi uma “homenagem” a uma espécie ameaçada de extinção: o
tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), assim chamado devido à habilidade de
curvar-se por completo sobre si mesmo para se proteger quando ameaçado.
A Copa 2014 já
acabou pra mim, com a vergonhosa partida Brasil X Holanda, e o tatu-bola
continua ameaçado de desaparecer do território nacional... Ele e o prazer de
assistir um belo jogo de nossa seleção.
Eu vou continuar
curvada como uma bola por mais algumas horas somente. Não em solidariedade ao
Fuleco, mas devido às surras que foram tão doloridas. E depois... Ah, depois
volto a ser “quase” a mesma. “Quase” porque, seja com vitórias ou derrotas no
futebol, agora sou uma cidadã mais lesada. Estou em um país pior, bem pior do
que antes da Copa. Saúde sem qualidade, educação de arrepiar, corrupção
correndo solta...
Dói mais ainda do
que perder todos os jogos.